sábado, 17 de janeiro de 2015

Por que gostar de Skins?

E quantos de vocês já escutaram que essa série britânica é como uma Malhação estrangeira? Para quem não sabe, apresento para vocês a série Skins, que tem 7 temporadas com episódios medianos que conta a vida pessoal de cada adolescente de um grupo de amigos. Como a série conta com festas, drogas e irresponsabilidade, é difícil dizer para alguém que a série é muito mais que isso.

Skins é minha série favorita por vários motivos, e um deles é porque passava por uma fase muito difícil, o que deixou o seriado marcado no peito. No começo, achava que era um problema a trocança de personagem que tinha de cada temporada, mas depois entendi cada um deles e apaixonei ainda mais por tudo, até pela terceira geração que é pouco conhecida, (mas isso é culpa do preconceito da galera).

A questão da série, é que não é algo só adolescente. Apesar de mostrar o uso excessivo de drogas, festas e a pouca vontade dos pais e professores de intervir, a série retrata de forma depressiva - porém bonita - a vida de cada personagem. O modo que eles ligam com a morte dos amigos, as brigas, as ações exageradas ou o pouco caso deles, tudo é o suficiente para tornar a série triste, e não emocionante como Gossip Girl e ruim como Malhação.


A minha geração preferida é a primeira, depois a terceira e por último a segunda. A primeira geração, bem, não tem como não gostar da primeira geração com o sorriso da Cassie dizendo "Oh, wow, fuck you", ou até mesmo as brincadeiras de Anwar e complicações da vida do Sid. Sinto que a primeira geração juntou bem partes tristes, alegres e engraçadas, deixando a série mais ampla em relação aos sentimentos dos personagens. A terceira geração, que é a mais nova depois da sétima temporada, os personagens vivem algo mais presente, já tem Iphones e mostra novamente a relação perturbadora entre os pais e a escola pública e terrível onde estudam, não deixando só a série na questão psicológica como a segunda geração.

Bem, apesar da segunda geração ser tão boa quanto as outras, as complicações que a Effy Stonem (personagem favorita de vários fãs) tirou-me um pouco a paciência. Por mais que eu ache bonitinho o romance inacabável dos personagens, a segunda geração cada personagem parece trazer o próprio problema e eles sofrem por coisas que eles mesmo causam. Emily e Naomi por exemplo, o casal lésbico da série, é o preferido de vários, mas eu no caso não aguentei o drama que acontecia toda hora entre as duas. E meu último motivo para deixar a segunda geração de Skins, é o final inexplicável e não comentado á diante. No entanto, como a maioria prefere esta, garanto que também irá aproveitar os episódios.

A questão principal deste post é: Por que gostar de Skins? Para quem tem preguiça por causa dos comentários maldosos, larga disso e vai assistir o primeiro episódio da série que já tem no netflix. Com certeza, alguma coisa você já terá sentido e vai fazer você se identificar, e além disso, deixa-te com um gosto doce na boca de liberdade. O que custa ver um pouco das festas e drogas, além das mortes entre os personagens? A série é uma surpresa: às vezes engraçado, às vezes triste, e preciso abrir sua mente para enxergar mais que as festas e drogas, principalmente para largar o preconceito de algumas pessoas. Bem, Skins é minha série preferida.



Recomendações [FILMES]

Recomendações de filmes depende muito do gosto, é claro. Por exemplo, nessa pequena lista que eu farei, terá filmes sem nexo algum numa mesma série. Meus gêneros de filmes preferidos são bem vagos, por isso acho mais adequado falar alguns que me passaram uma mesma sensação ao terminar de assistir.



1- Suicide Room (Sala Samobójców)



Este é um filme polonês que fez bastante sucesso, ganhou prêmios como o 14th Polish Film Awards, Gold Ducks 2011, Camerimage 2011 e entre outros. Fazendo um rápido resumo, conta a história do adolescente Dominik que começa á sofrer bullying virtual depois de beijar um colega de classe, o Aleksander, numa festa. O filme se desenvolve misturando a vida real e virtual de Dominik assim que encontra uma Sala no famoso jogo Second Life e entra no Quarto do suicídio, conhecendo Sylwia. Totalmente manipulado pela garota com tendências suicidas, Dominik perde o contato com o mundo real, se tornando mais absorto num mundo virtual. É um filme muito triste que te deixa um pouco agonizado depois de ver, principalmente por causa da última cena tão melancólica. No meu caso, não foi um filme que me fez chorar, apenas deixou-me um pouco mal depois de vê-lo, e por causa desse sentimento que dá após o final do filme e o jeito que este se desenrola, eu recomendo. Na wikipédia  há uma sinopse bem mais elaborada, além de spoilers para aqueles mais interessados, e para quem quiser assistir, tem no youtube legendado.

2- Chatroom
Em busca de algum filme parecido com Suicide Room, o máximo que eu consegui foi Chatroom. O filme é de 2010, britânico e é um ótimo drama-suspense. Conta a história de cinco jovens que se reúnem numa sala de bate-papo online e conhecem William, um garoto perturbador e manipulador, que influência de forma negativa todos que estão envolta e participa até das suas vidas e vinganças pessoais. É perturbador a sensação que o filme passa, e como é suspense, já é de se esperar alguns arrepios durante o filme. Eu recomendo porque ele é rápido e fica para sempre na sua cabeça, deixando aquele gosto amargo na sua boca quando você lembra. Claro, não é tão bem desenvolvido como Suicide Room e os temas não são os mesmos, mas vale a pena assistir e você encontra online em qualquer site por aí, eu por exemplo, assisti no megafilmeshd.

3- Gia
Com a maravilhosa Angelina Jolie atuando, o filme de 1998 retrata como um documentário a vida perturbada da modelo Gia Carangi (1960- 1986). O filme triste mostra um lado diferente das modelos estereotipadas; Gia tinha um comportamento bipolar, usava drogas e era completamente irresponsável, principalmente quando era em relação ao seu trabalho. Infelizmente, a história é real, e Gia sofreu até o fim da sua vida com o vício de heroína, o que fez sua carreira desabar, assim com o amor que tinha com Linda (Elizabeth Mitchell).

4- Donnie Darko


O filme norte-americano foi lançado em 2001, e contou com a atuação brilhante de Jake Gyllenhaal. O filme problemático retrata a vida de Donnie, um adolescente que sofre com os primeiros sintomas de esquizofrenia. A doença o faz enxergar um tenebroso coelho gigante chamado Frank, que lhe conta quando será o apocalipse e o manipula para fazer o que quiser, como exemplo, quebrar o cano principal de água do colégio e causar outros e maiores problemas que acabam envolvendo mortes e filosofias. Com um pouco de ficção científica, o filme de horror ganhou uma boa audiência e ficou conhecido como cult, provavelmente por causa da atuação perfeita de cada personagem assim, assim como o roteiro perfeito de Richard Kelly. Não tem como ver este filme e não gostar! O melhor de tudo? Tem no netflix.

5- Like Minds (Mentes Diabólicas)



Este filme, pelo que eu sei, não fez muito sucesso, mas eu recomendo completamente para quem gosta de suspense e personagens com alguns problemas como esquizofrenia. A história se passa num colégio só para garotos, e um dos melhores alunos divide o quarto com um garoto estranho. No fim, este manipula totalmente seu colega de quarto e criam uma relação destrutiva e estranha, levando a morte de alguns e suicídio de outros. Não posso descrever muito, pois acredito que o filme tem que ser uma surpresa, e recomendo  pela boa atuação e criatividade do diretor em criar uma atmosfera tão melancólica para o filme.